quinta-feira, 19 de junho de 2008

Verborragias insanas resgatadas numa noite inquietante de uma conversa sem futuro




















Renoir_Promenade


Aí me ocorre uma falta de resposta. Eu fico pensando em algumas palavras pra dizer, mas eu nem sei o que; e fico com a obrigação de que seja bonito e provoque as melhores sensações. Mas acho isso impossível, porque vens em movimentos tão verdes que inspiram esperança e me deixam sem calço. Só me restam uns suspiros extasiantes, mas as palavras alcançam tantas dimensões e proporções que tens de saber do seu uso. E eu gosto tanto dos movimentos verdes, quando eles formam blocos grandes entre os meus azuis. Mas que movimento vacilante! intermitente. Os azuis se acabam chatos. Uns azuis, aqui, que ficam metidos a besta, querendo talvez impressionar ou seduzir, mansos, acabam na verdade dos verdes. E às vezes, eles se encontram e formam um novo tipo de cor, mais consistente, como se precisassem um do outro para não deixar de existir, e persistem.


Não parece verdade. É como se abraçasse uma vontade, mas aí já é verdade, não é? Uma verdade para ser eternizada. E o que cabe nesses momentos de imensidão eterna?

Amo quando eles passam da virtualidade, ultrapassam mais essa dimensão, completando contorno e preenchimento. Que eu divido, para não serem só meus - para que sejam nossos.


E espero!

3 comentários:

  1. Primeiro: Renoir é mt punk!!! :)
    Depois o texto ta lindo...bom chegar depois de um dia numerico, e ver coisas particulares, como a sua escrita.

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  2. Dali e Toinho.. os escritos de vocês se casam.. lindos.. singulares.

    Toinho te amo! :)

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  3. Eu vi!!
    ..toda a pintura descrita e transformada!

    Parabéns Paue! Adorei!

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